Pedro e Adelaide são as duas únicas crianças a viverem em Moinho, uma aldeia com poucos habitantes e já idosa. Pedro é filho único de dona Luz, uma mãe religiosa, fanática e que o trata mal; Adelaide é filha de pais já idosos mas preocupados com ela. Sendo os únicos amigos, são os únicos alunos da mesma escola. Um dia por alguma insistência de Pedro, a aula é feita no exterior e enquanto a professora dava aula, Pedro entrar num moinho e encontra um monstro. Envolvido em mistérios este monstro acaba por dar as crianças o que elas pediram, não curar mas adiar a morte do pai de Adelaide e dar a conhecer ao Pedro o seu passado. Pedro descobre então que a sua mãe não é a verdadeira e os seus pais faleceram num acidente de aviação enquanto bebé, provocado pela dona Luz que acabou por ficar com Pedro por este ainda se encontrar vivo, mas tratando-o mal por ser um peso. Pedro confronta a sua mãe adotiva e acaba por fugir com Adelaide até junto ao mar. A história não é completamente linear, o passado cruza-se com o presente. No final ficamos a saber que Adelaide faleceu no acidente enquanto os dois se encontravam junto ao mar e que Pedro agora adulto encontra a redenção.
É uma história inicialmente de carácter infantil mas depressa assume um estatuto adulto e maduro. Tem um fim triste que só é desvendado mesmo no final mas que algumas pistas vão ser deixadas ao longo do livro, especialmente a partir do meio do livro. É uma história muito bonita e até ternurenta, mas acaba de forma triste e agridoce, embora com esperança.
Os desenhos são simples e um bocado “cartoonados” mas que são favorecidos pelas cores quentes que quase parece ter sido usado aguarelas. Quase como ilustração infantil simples mas bonita e que combina com o tipo de historia, muito cativante. (5/5)




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