Autor: Miguel Rocha
ISBN: 9789896825003
Ano de edição ou reimpressão: 03-2015
Editor: Levoir
Idioma: Português
Dimensões: 176 x 246 x 10 mm
Encadernação: Capa dura
Páginas: 128
Conta a história de Olegário, um alentejano que com um terreno agreste, seco e baldio como herança, acaba por passar a sua vida a tentar transformar numa propriedade de cultivo e de grande rendimento. Numa luta teimosa em tornar o terreno útil, acaba por mostrar um trabalho árduo não só para si mas como para a sua esposa e as suas filhas, vivendo como opção quase sempre dentro dos limites da sua propriedade, criando quase um isolamento da restante sociedade. Com o decorrer do livro, o homem consegue então descobrir que o que melhor se da naquele terreno são beterrabas. Alem da plantação, existe o aumento da habitação com vários armazéns para as futuras colheitas. A tentativa de ter um filho alem das 3 filhas que já tem, alem dos vários outros episódios com outras personagens, mostram como este homem tornou a sua família quase escrava do seu desejo de prosperidade para o terreno. No final, todo o trabalho e toda a terra que trabalhou acaba por ser o seu cemitério.
Uma historia que realmente poderia mostrar apenas a vida árdua do campo, se não fosse também mostrar a obsessão e isolamento social, relacionamento frio entre Olegário e restante família, as filhas salvagens pelo isolamento, as palavras amigas e encorajadoras da esposa enquanto ele apenas se preocupava com a terra, a infantilidade das filhas por falta de convívio de grupos de pares. No final do livro, acaba por ser abordado vários aspetos de relacionamento familiar e social. Não deixando de dar ao leitor, alguma tristeza com o desfecho de Olegário e de como as coisas acabaram. Uma historia muito áspera mas forte.
Graficamente não é fácil assimilar à primeira este tipo de desenhos, não deixando ser difícil de identificar quais são as personagens presentes. Com cores quentes que acabam por dar a sensação do calor na historia, por um lado deixa ao leitor imaginar quais seriam as feições dos personagens. Como disse talvez o mais difícil foi mesmo perceber alguns desenhos. (4/5)



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